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A Fonte de Tudo

Atualizado: 16 de mai. de 2022


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Comentário (*) O Tao é como um vaso inesgotável, mas vazio. No vazio está o segredo de toda a plenitude. Os homens cheios de conceitos, de hábitos, de pontos de vista, dogmáticos, jamais poderão captar o Tao, que se expressa justamente pelo seu vazio. Os nós e o “corte” referem-se às dificuldades que criamos, às situações insolúveis, porque estão cheias de nós. O “corte” é a supressão constante do intelecto, do raciocínio lógico, que decepa o que é uno. O “brilho” decorre do polimento produzido pelo conhecimento livresco, adquirido quando o homem passa a brilhar com o fulgor das citações, da repetição mecânica do que foi dito por outros, mas por trás disso não possui profundidade. “Deixai que a roda percorra os velhos sulcos”: A ideia dos sulcos decorre da observação da facilidade que tem uma carroça quando a circulação é feita seguindo as marcas das anteriores. Em certo aspecto, possuímos, em nossa natureza profunda, os “velhos sulcos” que representam a linha de menor resistência do Tao. Uma vez redescoberto, esse caminho antigo nos dá uma tranquilidade que antes não conhecíamos. (*) Por Murillo Nunes de Azevedo, que traduziu e comentou o Tao Te Ching, conforme publicado no Brasil pela Ed. Pensamento.

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