Retirado do Tao Te Ching (*)
O Caminho é como o vazio de um vaso. Ao utilizá-lo, devemos nos guardar de todo excesso. Oh, e como é vasto, profundo como um abismo! É como se fosse o Ancestral de todas as coisas.
Deixemos que as rodas percorram os velhos sulcos da estrada. Devemos cegar nossas adagas, desfazer os nós e diminuir o brilho para que nos harmonizemos com a escuridão alheia.
Oh, como é puro e tranquilo o Caminho, pode ser que continue para além do Céu! Não sei de quem possa ser filho, pode ser anterior ao próprio Imperador de Jade [1].
*** [1] Segundo Aoi Kuwan (autora do blog Magia Oriental), “o Imperador de Jade, na tradição taoista da China, é o Soberano do Céu, amplamente conhecido como Imperador Celeste. Ele também é chamado de Yuhuang, Yudi, Yuhuand Dadi, Puro Augusto Imperador de Jade e Avô Celestial, dentre outros diversos nomes que abrangem praticamente tudo. Isso porque o Imperador de Jade governa o céu e toda a existência abaixo dele”.
Todo mês traremos mais uma passagem do Tao Te Ching…
(*) Nesta tradução exclusiva do Tao Te Ching a partir da tradução clássica de James Legge para o inglês, Rafael Arrais (autor do blog Textos para Reflexão) usa do auxílio precioso das interpretações do ocultista britânico Aleister Crowley e do filósofo brasileiro Murillo Nunes de Azevedo para compor uma visão moderna da antiga sabedoria de Lao Tse.