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A Verdade Oculta protege a si mesma

Atualizado: 16 de mar. de 2022


“As características da obscuridade são a ignorância, a preguiça, a inércia, a letargia, a insensatez e a escravidão às ilusões dos sentidos. Aquele que é subjugado pela obscuridade mental é um cego que jamais contemplará a Luz do Espírito.”

Por Roberto Lucíola Uma pessoa pode ser bem dotada de inteligência, ser portadora de vasta cultura intelectual e até estar bem informada a respeito das coisas esotéricas, mas jamais será um sábio na pura extensão da palavra, por ainda está envolvida na obscuridade da personalidade, portanto, sujeita a ser vítima da ilusão de Maya. Por isso, encontrará dificuldades para entender as subtilezas do Conhecimento Sagrado porque o mesmo tem o seu apoio e origem na própria Mónada, pelo que só uma Mente bafejada pela Luz de Budhi pode penetrar nos Grandes Arcanos da Sabedoria Eterna. Não basta pesquisar sem experimentar em si mesmo a realidade do Saber Oculto. Aí reside o poder mágico do Conhecimento Hermético, que difere muitíssimo do conhecimento mundano que não exige do pesquisador nenhum compromisso com a Verdade.

A Sabedoria Iniciática das Idades exige uma interação entre o que se aprende e o comportamento moral e intelectual do modo de vida do estudioso. Se não houver esse compromisso, jamais se conseguirá penetrar os meandros iniciáticos do Saber Oculto. Infinitamente menos quando o estudo tem apenas carácter de diletantismo ou de passatempo sem nenhum compromisso com a sua vivência, servindo apenas como meio de afirmação de vaidades próprias de desajustados psicomentais do género “sei tudo porque tenho tudo”. Mas a Verdade Oculta protege-se por si mesma dos curiosos e egoístas. A bondade e o amor, pela sua pureza e o alto padrão vibratório, podem facilitar até certo ponto a aquisição do Saber Arcano.


As pessoas de carácter dominador assinalam com isso que estão envolvidas na obscuridade da personalidade, e não dominando a si mesmas procuram dominar os outros. Porém e incluindo a sua eventual cultura livresca onde incontáveis teorias desencontradas vagueiam no campo árido da mente com mais ou menos misticismo desapurado ou gosto pelas “coisas fantásticas e insólitas”, revelam com tudo isso a sua natureza débil ainda muito longe de estar integrada aos reais valores do Espírito. Segundo Shankaracharya, as características da obscuridade são a ignorância, a preguiça, a inércia, a letargia, a insensatez e a escravidão às ilusões dos sentidos. Aquele que é subjugado pela obscuridade mental é um cego que jamais contemplará a Luz do Espírito.


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