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Hierarquia

Atualizado: 21 de abr. de 2022

Um dos maiores erros do homem atual, filho da sociedade contemporânea, é acreditar numa suposta igualdade totalmente ausente na vida e na própria natureza, já que todos os “reinos” e espécies se encontram perfeitamente hierarquizados. Por este expediente igualitário se nega toda possibilidade de superação, já que se atribui aos demais a pequena mediocridade do meio que se vive e encarna, e as pessoais densidades e pesadelos que constituem a existência individual dos que integram uma sociedade dessacralizada. Projeta-se assim uma imagem rasteira, sem ter em conta nem por um momento a experiência, a sabedoria, a idade, os estudos e as viagens daqueles com os quais se pretende equiparar, numa comparação absurda que se produz pelo fato de “crer” numa “igualdade” que é tomada como um autêntico “bem” em si mesmo, e mesmo como um progresso cívico e democrático.

É comum ver em povos e províncias que às pessoas, que por algum motivo se destacam, trata-se de lhes “puxar o tapete”, ou de lhes “descer do pedestal”. Esta última imagem é muito plástica: há que fazer “baixar o nível” do outro quando não se pode ou não se quer ascender a seu nível.

Não há maior igualdade que aquela que temos os homens, a de albergar a deidade no interior de cada ser, possibilidade que levamos os seres humanos sem exceção e que constitui o que verdadeiramente une. Ou seja, a igualdade ante e no Ser Universal da qual todos os seres de alguma maneira somos partícipes, e a liberdade de conseguir a fusão nesse Ser Universal que deu ao ser particular uma Origem e um Destino comum.

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