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O Lago da Tranquilidade

Atualizado: 16 de mai. de 2022



Retirado do Tao Te Ching (*)

Ao não exaltar aqueles que são importantes evitamos estimular a rivalidade entre os medíocres. Ao não ostentar as joias raras evitamos que sejam alvo de ladrões.

Ocultar aquilo que excita o desejo dos homens faz com que eles permaneçam sem perturbações.

Dessa forma, o sábio governa aos homens mergulhando suas mentes e seus corpos na Tranquilidade; preenchendo os últimos e esvaziando os primeiros.

Ele alivia o povo da angústia do conhecimento vazio e das garras do desejo desenfreado. Mas aqueles que alcançaram ao Conhecimento de Si, ensina a via da não-ação; pois que quando nos abstemos de intervir reina suprema a ordem universal.

***

Reflexão O Estado, ou melhor, a Grande Empresa que influencia diretamente o Estado, nos alerta para a grande necessidade de mantermos o consumo. “Sem consumo, as fábricas vão parar, os empregos vão diminuir e, catástrofe das catástrofes, a Bolsa de Valores vai cair!”. Interessante como o simples agricultor, assim como o coelho e a raposa, e a águia que faz seu ninho no topo das montanhas, nenhum deles se preocupam em demasia com esses números que sobem e descem nas telas dos Negociantes. Para eles, pelo contrário, é até bom que o mundo não cresça tanto assim, pois todo este crescimento pode abalar a Tranquilidade e, tanto pior, terminar por consumir o próprio mundo em si…

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Todo mês traremos mais uma passagem do Tao Te Ching para uma interpretação e reflexão conjunta…


Tao Te Ching

(*) Nesta tradução exclusiva do Tao Te Ching a partir da tradução clássica de James Legge para o inglês, Rafael Arrais (autor do blog Textos para Reflexão) usa do auxílio precioso das interpretações do ocultista britânico Aleister Crowley e do filósofo brasileiro Murillo Nunes de Azevedo para compor uma visão moderna da antiga sabedoria de Lao Tse.

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