O Fim do Tempo
Rafael Arrais | 26 de dezembro de 2018» Parte final da série “Reflexões sobre o tempo” ver parte 1 | ver parte 2
Igne Natura Renovatur Integra (INRI) – Pelo Fogo a Natureza se Renova Inteiramente.
De tempos em tempos acontece, e nem precisa ser uma “data cheia”, como o ano 1.000 ou o 2.000 (esquecem-se de que o milênio novo se iniciou em 1.001 e 2.001, respectivamente), a última data “prevista” foi 21/05/2011, precisamente às 18h do horário local de cada país do mundo… Segundo o pastor protestante Harold Camping, os bons seriam arrebatados aos céus de acordo com seu respectivo fuso-horário: na Nova Zelândia teriam a oportunidade de se aventurar aos céus mais cedo, na ilha de Samoa seriam alguns dos últimos, já que o governo ainda não efetuou a troca de fuso-horário [1].
E para quem os portões do céu não se abrissem, restaria o inferno na Terra até 21/10/2011, data em que um deus colérico poria fim não somente ao planeta, mas a toda criação – o fim do Cosmos, o fim de todo o espaço-tempo!
Não é a primeira vez que Camping foi ridicularizado por uma previsão errada do fim do mundo. Ele chegou a escrever um livro sobre como o arrebatamento ocorreria em 1994, e já estava errado desde aquela época. Interessante como eles parecem não se importar… O ocultista (e ultimamente, especialista em desmistificar lendas do fim dos tempos, como a baseada no calendário maia) Marcelo Del Debbio costuma dizer que não tem coisa mais inútil do que se prever o fim do mundo – se o sujeito errar, será ridicularizado; se acertar, não restará ninguém para lhe dar atenção (há não ser aqueles poucos que conseguirem se encontrar no céu, supondo que quem previu não tenha cometido o pecado da falsidade em previsões anteriores).
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